quinta-feira, 29 de agosto de 2013

CORPORAÇÕES TEMEM CONCORRÊNCIA DE MÉDICOS ESTRANGEIROS

Por Eclézio Santana

A oposição das federações de medicina á vinda dos médicos estrangeiros, não represente uma preocupação quanto sua qualificação profissional no serviço destinado ao povo brasileiro, todavia, suspeita-se que essa aversão seja uma defesa corporativa, provavelmente temendo concorrência nos empreendimentos dos planos de saúde e clinicas privada. Por isso, usam desse expediente, como também da deficiência dos hospitais, em pretexto na defesa do atual quadro.

Apesar da constatação do déficit de médicos, especialmente nas regiões Nordeste, Norte e periferias dos grandes centros, como atestam os jornais, federações de medicina insistem na tentativa de obstaculizar as suas vindas. Essas talvez os vejam como potenciais concorrentes aos cada vez mais lucrativos negócios dos planos de saúde e clinicas privada. Pois, se houvesse de fato preocupação ao possível despreparo, puniria aqueles que com freqüência cometem falhas tanto técnicas quanto de conduta, noticiadas constantemente, desonrando a classe, por conseguinte colocando em risco a saúde da população.

Outro ponto levantado é a falta de hospitais e suas ruins condições para realização de procedimentos, como exames e cirurgias. Convém ressaltar, no entanto, que não seria razoável só poder contar com médicos, apenas, onde existissem unidades equipadas. Nesse caso, estariam abolidos os postos de saúde, tão quanto, uma forma da medicina preventiva. Por isso, parece prudente, que esses recebam todo o apoio necessário por parte dos envolvidos, e as cobranças daqueles por melhorias se adicionem a vinda desses; colocando o povo, parte mais importante da questão, em primeiro plano.

Fica evidente, nesse sentido, que instituições e profissionais tão importantes á saúde da população brasileira, tem se comportado de modo intransigente, se posicionado de forma contrária a possibilidade de mais profissionais, conseqüentemente dificultando o maior acesso de um serviço essencial. Desse modo, se faz necessário e urgente que políticas fundamentais como essas não sejam direcionadas pela lógica corporativa, tão quanto do mercado ou do lucro; além disso, antes de qualquer critério, deve-se colocar às necessidades do povo mais carente, especialmente, nesse caso, o das periferias e interiores.

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